Pesquisa Ipespe: eleitor é favorável à privatização da Petrobras se preços caírem; cenário eleitoral segue estável – 20/05/22

A terceira rodada de maio da pesquisa Ipespe mostra estabilidade no cenário da corrida presidencial. Tanto Lula quanto Jair Bolsonaro repetiram a pontuação do levantamento da semana anterior — o petista à frente com 44%, seguido pelo presidente com 32%. Na sequência aparecem Ciro Gomes, que alcançou os mesmos 8% da última leitura, e João Doria, que oscilou de 3% para 4%. André Janones e Simone Tebet mantiveram 2% cada, e o restante não pontuou. Indecisos, brancos e nulos somaram 8%, o menor percentual desde setembro do ano passado.

A estabilidade na pontuação de Bolsonaro aparece depois de uma sequência de levantamentos em que o presidente registrava tendência de alta que se estendia desde janeiro deste ano.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 16, 17 e 18 de maio. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-08011/2022. A margem de erro máxima é de 3,2 pontos percentuais.

Também houve estabilidade na aprovação ao governo. Os que consideram a administração boa ou ótima se mantiveram em 32%. A avaliação negativa, no entanto, oscilou um ponto para cima, indo a 52%.

Na pesquisa espontânea, Lula e Bolsonaro mantiveram as pontuações da semana anterior: 39% e 29%, respectivamente. No cenário de segundo turno, ambos oscilaram um ponto para menos, mantendo a diferença em 19 pontos em favor do petista, agora com o placar se 53% a 34%.

Petrobras: Brasileiro fica a favor da privatização se convencido de que haveria redução nos preços
A pesquisa mostra ainda que, na semana seguinte ao pedido de inclusão da Petrobras no programa de desestatização do governo, 49% da população se diz contrária à privatização da companhia, contra 38% favoráveis. Para 44%, os preços dos combustíveis aumentariam ainda mais no caso da privatização da empresa.

Caso haja segurança de que a privatização levaria a queda no preço dos combustíveis, no entanto, 67% seriam favoráveis à venda da companhia.

Responsabilização pelo aumento no preço de Combustíveis
A pesquisa questionou os entrevistados sobre o aumento do preço dos combustíveis. A Petrobras foi das alternativas apresentadas a que mais eleitores atribuem “muita responsabilidade” pelas altas recentes: 64%.

Na sequência aparece o presidente Jair Bolsonaro, que tem muita responsabilidade para 45% — 5 pontos a mais que os governadores e 8 pontos a mais que os governos anteriores de Lula e Dilma.